Data: 01-03-2012
Criterio:
Avaliador:
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Espécie não ameaçada, frequentemente coletada, amplamente distribuída na Mata Atlântica, sobretudo nas floresta ombrófilas e semidecíduas do Sudeste e Sul, sem ameaça direta, embora tenha potencial farmacêutico. Não tem especificidade de polinizador e ocorre em florestas secundárias em estágio médio a avançado de regeneração, associado a proximidade do curso d\'água.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Bathysa australis (A.St.-Hil.) K.Schum.;
Família: Rubiaceae
Sinônimos:
Descrita em Benth. et Hook. Gen. Pl. 2:49. 1876; K.Schum., In Martius Fl. Bras.6(6):239. 1889. No aspecto vegetativo, esta espécie assemelha-se a Rustia formosa, da qual difere-se por possuir coloração mais clara e fosca nas folhas que são mais largas e membranáceas, e Simira viridifolia, da qual difere-se por possuir ramos tetrágonos. O epíteto específico australis é uma referência à distribuição geográfica desta espécie na região sul e sudeste do Brasil. Nomes populares: "pau-de-colher", "quina-do-mato", "fumão", "araribão", "cauassú", "quina-do-Paraná", "macuqueiro" (Germano Filho, 1999).
Espécie utilizada para fins medicinais (Germano Filho, 1999).
Segundo Guilherme et al. (2004) esta espécie apresentou um total de 100 indivíduos numa área de 1,98 ha., em uma amostragem em planície de Mata Atlântica na região sudeste do Brasil.
Espécie ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Germano Filho, 2012). Segundo Germano Filho (1999) também ocorre no Distrito Federal. No Parque Nacional do Itatiaia, ocorre até 1100m de altitude (Silva Neto, 2006). Segundo observações de coleta ocorre até 1350m de altitude (RB 320000; Leoni, L.S. 1749).
Caracteriza-se por arvoretas, às vezes árvores ou arbustos com até 8m de altura (Germano Filho, 1999). Espécie auto-compatível (Andrich, 2008). Coletada com flores de Setembro a Março, com frutos até Agosto (Germano Filho, 2007).
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes
Vivemno entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, osquais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço,seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua áreaoriginal, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinçãode algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatóriosobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressãosobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária,seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões; Lino, 2002).
4.4.3 Management
Situação: on going
Observações: Espécie ocorre em Unidades de Conservação: Reserva Biológica do Tinguá, Parque Nacional da Tijuca, Reserva Ecológica Municipal de Macaé de Cima, Parque Nacional do Itatiaia e Parque Nacional da Serra dos Órgãos, no Estado do Rio de Janeiro; Estação Biológica de Santa Lúcia e Reserva Florestal de Linhares, no Espírito Santo; Parque Nacional do Caraça e Parque Estadual do Rio Doce, em Minas Gerais; Parque Nacional da Serra do Itajaí, em Santa Catarina; Parque Estadual da Serra do Mar, Estação Ecológica Juréia-Itatins e Parque Nacional da Bocaina; em São Paulo (Germano Filho, 1999; Silva Neto, 2006; CNCFlora, 2011).
1.2.1.3 Sub-national level
Observações: Espécie considerada Em Perigo (EN) pela Lista vermelha daflora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
- GERMANO FILHO, P. Bathysa australis in Bathysa (Rubiaceae) in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB013835>.
- SILVA NETO, S.J. Rubiaceae do Parque Nacional do Itatiaia. Doutorado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro (Museu Nacional do Rio de Janeiro), 2006.
- LEITE, E.C.; RODRIGUES, R.R. Fitossociologia e caracterização sucessional de um fragmento de floresta estacional no sudeste do Brasil, Revista Árvore, Viçosa, v.32, p.583-595, 2008.
- GERMANO FILHO, P. Estudos taxonômicos do gênero Bathysa C. Presl (Rubiaceae, Rondeletieae), no Brasil, Rodriguésia, v.50, n.77/76, p.49-75, 1999.
- DUZ, S.R.; SIMINSKI, A.; SANTOS, M.; PAULILO, M.T.S. Crescimento inicial de três espécies arbóreas da Floresta Atlântica em resposta à variação na quantidade de luz. Revista Brasileira de Botânica, v. 27, n. 3, p. 587-596, 2004.
- GUILHERME, F.A.G.; MORELLATO, L.P.C.; ASSIS, M.A. Horizontal and vertical tree community structure in a lowland Atlantic Rain Forest, Southeastern Brazil, Revista Brasileira de Botânica, v.27, p.725-737, 2004.
- ANDRICH, M. Sistema reprodutivo e polinização em duas espécies arbóreas e simpátricas de Bathysa (Rubiaceae). Mestrado. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (Escola Nacional de Botânica Tropical), 2008.
- GERMANO-FILHO, P. Bathysa (Rubiaceae). In: MELHEM, T.S.; WANDERLEY, M.G.L.; MARTINS, S.E.; JUNG-MENDAÇOLLI, S.L.; SHEPHERD, G.J.; KIRIZAWA, M. Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo. 2007.
- CITADINI-ZANETTE, V.; DELFINO, R.F.; BRUM-FIGUEIRÓ; SANTOS, R. Rubiaceae na recuperação ambiental no sul de Santa Catarina, Revista de Estudos Ambientais, Blumenau, Universidade de Blumenau, v.11, p.71-82, 2009.
- SIMÕES, L.L.; LINO, C.F. Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais. São Paulo: SENAC, 2002.
- ZAPPI, D.; BARBOSA, M.R.V.; CALIÓ, M.F. ET AL. Rubiaceae. In: STEHMANN, J.R.; FORZZA, R.C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p.449-461, 2009.
CNCFlora. Bathysa australis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Bathysa australis
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 01/03/2012 - 18:53:24